quarta-feira, 31 de outubro de 2012


blogue do zeca



o filho da voz, reminiscências


Alegrete, idos dos anos 50. Na rádio Alegrete, o locutor, circunspecto como devia ser, enuncia os nomes dos aniversariantes do dia. Após não longa digressão, o espíquer emposta mais a voz e solta: - e finalmente, aniversaria hoje o filho da voz que vos fala.

No Mensageiro Rural, na mesma rádio, muito, mas muito tempo mesmo antes da internet, o seguinte comunicado: Joãozinho, tua mãe está muito mal. Aproveita e vem de luto.

terça-feira, 30 de outubro de 2012


HOMENAGEM DA ESLOVÊNIA AO BRASIL
esse mundo está cada vez menor



Atestado de vida

 
  Pois não é que eu morri? O jornal Diário Catarinense publicou no domingo necrológio de um renomado professor gaúcho com um retrato deste que vos escreve. O DC já pediu desculpas e prometeu fazer a errata na edição de hoje. Por via das dúvidas, eu fui a um médico, que me garantiu que eu estava não só vivo mas muito bem.

  Perguntei se ele não iria levar a mal se pedisse uma segunda opinião. Não, falou o doutor, de jeito nenhum, mas vais perder teu tempo e dinheiro. Vocês sabem como é, a gente lê muito sobre erros médicos então procurei outro. O doutor me examinou bem examinado, botou o estetoscópio. Perguntei se não precisava falar trinta e três, como antigamente. Não, riu ele, não precisa.

  Não gostei. Seria uma bela de uma prova de que eu estava definitivamente vivo. Ao que eu saiba, defunto não fala trinta e três. Para aumentar minha paranoia, reparei que o estetoscópio dele era chinês. E eu vou lá confiar nele? De repente podia ser falsificação, feito com peças do front russo da Segunda Guerra Mundial, montado na Bolívia e exportado para cá pelo Paraguai.

  O tira-teima mesmo veio quando fiz um eletro. Estavam lá todos aqueles risquinhos caminhando para cima e para baixo na tela, mas por via das dúvidas pedi ao doutor uma via impressa do eletro.     
  Finalmente me convenci que estava vivo. Provisoriamente.

domingo, 28 de outubro de 2012




autocrítica precoce de Karl Marx

"Quando o trem da vida faz uma curva, os pensadores caem pela janela".

O PT foi criado em cima de ideologia arcaica e totalitária. Entretanto, tinha um grande mérito, era um partido ético. Isso mesmo, era. Hoje se percebe que o ovo da serpente que o está comendo por dentro já estava entranhado em seu DNA, o princípio soviético de que os fins justificam os meios.

sábado, 27 de outubro de 2012


blogue do zeca


Steve Jobs
    
   Acabei de ler a biografia de Steve Jobs, de Walter Isaacson. É um livro maçudo, muito detalhado, da vida de Jobs, desde sua adoção até sua morte.

    Não vou tentar reproduzir a vida de Steve Jobs aqui. A biografia dele é excelente. Apenas posso afirmar que, ninguém de sã consciência poderá dizer que não saiu diferente, para melhor, depois da leitura da vida de Jobs.

    Sua obseção pela excelência dos produtos, da ligação perfeita do desenho com a tecnologia, sua visão da ciência umbilicada com as humanidades, sua procura por este objetivo, muito além de  ambições materiais, faz com que se leia o livro de Isaacson sempre com um sentido de emoção, de crença em um mundo melhor, o mundo de Jobs.

    Vou apenas ressaltar uma faceta de Jobs que não é lembrada pela maioria de seus biógrafos. Jobs era hiperativo, ansioso para com o resultado de suas ideias, exigente e, geralmente, grosseiro, não só com seus concorrentes, mas com a equipe que o acompanhava, da qual exigia suor e sangue.

    Vou ressaltar o lado amoroso de Jobs que, abafado em sua carapaça, aflorava em momentos muito raros.  Na verdade, o que vou reproduzir, do livro de Isaacson, é apenas uma parte do amor que Jobs nutria por seus semelhantes, quando buscava o produto perfeito para eles.

    Quando Jobs e Powell fizeram 20 anos de casados, ele leu em voz alta o que tinha escrito para a ocasião:

Não sabíamos muito, um sobre o outro, há vinte anos. Fomos guiados por nossa intuição, você me deixou arrebatado de paixão. Nevava quando nos casamos no Ahwahnee . Passaram-se anos, vieram os filhos, bons tempos, tempos difíceis, mas nunca tempos ruins. Nosso amor e nosso respeito perduram e cresceram. Passamos por muita coisa juntos e aqui estamos de volta ao lugar onde começamos vinte anos atrás - mais velhos, mais sábios -, com rugas no rosto e no coração. Agora conhecemos boa parte das alegrias, dos sofrimentos, dos segredos e das maravilhas da vida, e ainda estamos juntos. Meus pés nunca voltaram a tocar no chão.

    

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OBAMA

Os estados unidos da América é considerado um país racista. No entanto, eles têm um presidente negro.

O Brasil é um país, como gostamos de dizer, multirracial, miscigenado, exemplo para a humanidade. No entanto, não temos um presidente negro.

O presidente Obama, em que pesem as acusações sobre ele, que é fraco, que não quer ficar mal com ninguém, está fazendo governo singular, com ênfase aos menos aquinhoados. É o favorito nas eleições presidenciais, talvez mais por causa dos deméritos de seu opositor.

Afirma-se que sem o sistema de quotas raciais, nos estados unidos da América, não haveria presidente Obama.

Nós não temos presidente negro.




Obrigado, Flávio