segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
epidemia
- Oi, Mariazinha
-Oi, Beth. Sabia que a Antônia morreu?
-Ah, é? De que?
-De tétano.
-E sabia que a Firmina também morreu?
-Ah, é, De que?
-De tétano.
-E sabia que a Marluce também morreu?
-Ah. é. De que?
-De tétano. A culpa é do Viagra, que anda fazendo levantar essas coisas enferrujadas.
Obrigado, Sepé
domingo, 23 de dezembro de 2012
collares
Alceu
de Deus Collares, em sua vida pública, pode ter cometido alguns pecados. Se
cometeu, foi por paixão. Pecados cometidos por paixão estão automaticamente
perdoados.
Alceu
de Deus Collares é muito bem humorado, qualidade de pessoas inteligentes.
Algum
tempo atrás, o alegretense Moises Mendes ligou para ele. Queria entrevistá-lo por telefone. O assunto?
Negritude. Collares, que devia estar cansado desse tema, disse que só falaria
de negritude com um negro, visto que só um negro entenderia de negritude.
Moises
Mendes respondeu que não era negro, mas era repórter e repórter entende de
muita coisa. Collares insistiu em sua posição e perguntou de novo qual era a
raça de Moises.
Moises
disse que era mameluco.
Responde
Collares de pronto: - Peor que negro!
sábado, 22 de dezembro de 2012
frustração
Os americanos, nossos irmãos do norte,
desenvolveram, há séculos, cultura de violência, em que a justiça (?) é feita
com as próprias mãos. Os exemplos são infinitos.
Podemos lembrar apenas um exemplo,
na história recente dos EUA, as execuções sumárias da população negra pela Ku
Klux Klan. É a cultura do bangbang. É a cultura da vingança.
Quando do 11 de setembro, as forças
armadas americanas invadiram o Iraque e o Afeganistão, massacrando populações
inocentes, em busca do “inimigo”.
Se observarmos os filmes atuais, desses
que recebemos aos montes, sempre nos cartazes de divulgação, aparece figura solitária,
masculina ou feminina, forte, carregando uma arma de mão. E não é qualquer
arma. É um artefato feito não só para matar o adversário, mas para destruir o
seu corpo. No fim do filme, o criminoso, um tipo ignóbil, nunca é preso. Ele é
morto com requintes de crueldade.
Essa é a cultura de nossos irmãos do
norte. Ai de quem os desafiar. O castigo é imediato e banhado de sangue.
Quando acontece um grande massacre,
como esse em Connecticut, em que o assassino depois de sacrificar crianças , se
mata, acredito que a maior frustração do povo americano não é a perda de vidas inocentes,
mas a impossibilidade do criminoso ser exemplarmente morto por um super herói
ou eletrocutado ou gaseificado, como mandam as boas normas de nossos irmãos do
norte.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
DIGA-ME COM QUEM ANDAS E DIR-CE-EI QUEM ÉS
O senhor José Dirceu
anda visitando diretórios estaduais do Partido dos Trabalhadores, onde é
recebido como herói. Utiliza o tempo que tem antes de ir para a prisão.
José Dirceu arma uma hipotética defesa
popular contra o veredito do STF. Para isso quer arregimentar a companheirada
para atos públicos contra a condenação dos crimes dos chamados mensaleiros. Ou
talvez contra a condenação apenas dos mensaleiros do PT. Ou talvez apenas contra
a condenação do mensaleiro José Dirceu, não se sabe bem.
O Partido dos Trabalhadores originou-se
na luta contra a ditadura militar. É um partido formado por pessoas
majoritariamente honestas e dignas. Não pode entrar nessa canoa furada. Seus
líderes maiores, Lula e Dilma, já abandonaram os mensaleiros à própria sorte.
A ideia maluca de que a compra de
deputados desonestos, os picaretas, conforme Lula havia denominado, fez bem
para o Brasil é uma coisa descabida. Na verdade, os valores astronômicos pagos
aos corrompidos e também aos corruptores, não caíram do céu, foram pagos por
mim, por ti e por todos os brasileiros, muitos com sua saúde e ignorância.
O crime do mensalão foi mais deletério
ainda. Constituiu um ataque à democracia brasileira, conquistada com o sacrifício
de muitas vidas, como frisou o presidente do STF, ministro Ayres Brito.
O Partido dos Trabalhadores não pode
defender José Dirceu, criminoso condenado, sob pena de também estar defendendo
o crime e a anarquia e, repito, manchando a honra de todos os militantes
decentes que o integram.
(não errei o título)
domingo, 16 de dezembro de 2012
sábado, 15 de dezembro de 2012
e la nave va
O
brasileiro é apaixonado por automóvel?
Depende.
A
indústria automobilística nacional, orgulho do País, continua a crescer, apesar
da crise mundial e dos altíssimos custos necessários para adquirir e manter
esse objeto de desejo. Entretanto, uma pesquisa feita nos EUA e que deve
refletir os hábitos daqui, se não agora,
mas mais tarde, revela que as gerações
mais jovens não estão mais apaixonadas
por este veículo de combustão interna.
Os
crescentes engarrafamentos, os preços do petróleo e as campanhas de
conscientização de que devemos respeitar nossos bens naturais, fizeram que os
jovens tenham outras expectativas. Agora, velocidade somente nos downloads,
conforto no lar e aventura de bicicleta.
Essa
nova mentalidade começa a produzir frutos. O preço dos automóveis usados despenca, no primeiro mundo, porque a procura por esses veículos
gradativamente diminui. Os que veem o
automóvel como patrimônio, além de demonstração de status, vão arrepender-se de
certas escolhas.
O
futuro do automóvel assemelha-se ao futuro do hábito de fumar. Cada vez mais as
pessoas esclarecidas afastam-se dele, ficando as classes mais pobres (sempre
elas) com o encargo de sustentar as
multinacionais.
Essa
situação ainda vai perdurar em nosso país porque não temos transporte coletivo
decente, não temos ciclovias decentes, enfim, não temos vida urbana decente,
mas o futuro fatalmente vai chegar.
Aí,
os carrões irão para o desmonte ou para o museu. No segundo caso, registrarão época de egoísmo e
desperdício.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Revi
ontem “Uma Simples Formalidade” (Una Pura Formalità - 1994), obra menos
conhecida do cineasta Giuseppe Tornatore, aquele que ficou famoso com “Cinema
Paradiso”.
Já o
tinha visto em VHS há bastante tempo. Recomendo que o vejam ou revejam. É um filme
denso, dark, intrigante, com um final surpreendente. A película resume-se a um
sofrido diálogo entre um comissário de polícia (Roman Polanski) e um suspeito
de assassinato (Gérard Depardieu). O brilho de suas interpretações nos gruda na
tela do início ao fim.
Como “Uma
simples Formalidade” não existe em catálogo comercial, vou sair da minha
integridade habitual e sugerir que vocês pirateiem este filme. Vale a pena.
Tive um amigo que dizia que um bom disco de jazz vale mais que qualquer amizade.
Neste caso, vale o gesto.
Depois
de algum trabalho, achei o filme em Pirate Bay, em torrent. Não tem legendas em
português. As legendas têm que ser buscadas na internet, com a extensão SRT.
Assistam e depois me digam se não tenho razão.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
1
ü
ser arquiteto é:
ü Sentir-se
a pessoa que vai mudar o mundo enquanto estudante e uma mera engrenagem da
máquina depois de formado;
ü Diplomado,
ter que escolher entre abrir um restaurante, uma lancheria, uma cafeteria ou
fazer concurso público;
ü Ser
chamado para dar umas ideias em um projeto já desenvolvido por um engenheiro
civil;
ü Ter
sua masculinidade constantemente desafiada;
ü Brigar
por espaço com decoradores;
ü Ter,
a todo o momento, explicar o que é ser arquiteto;
ü Ver
projetos grandiosos espalhados pelo mundo, sabendo que no Brasil não há
tecnologia nem para representar tais projetos, quanto mais para executá-los;
ü Ter
a alegria íntima de ter escolhido uma atividade que é compartilhada por pessoas
sensíveis, cultas e criativas.
ü Saber
que grandes obras, pilares do progresso da humanidade, foram realizadas por
arquitetos;
ü Por fim, é conquistar o privilégio supremo de ter escolhido a carreira que também é a mesma de Oscar Niemeyer.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO
Hoje me lembrei do Joãozinho.
Ele era um bebê de um aninho mais ou menos, filho da Araci, uma empregada que trabalhava na minha casa em Alegrete, quando eu tinha uns nove anos de idade.
O menino era uma graça, um verdadeiro anjo louro sorridente, apesar das feridas nas virilhas, resultantes de continuadas micções e sua sofrida mãe não ligava. Minha mãe e minha irmã tomaram as dores do anjo e começaram a trocar suas fraldas constantemente e colocar polvilho antissético em suas partes íntimas. A criaturinha parece que ganhou nova luz e não parava mais de rir de felicidade. Joãozinho tornou-se a alegria da nossa casa. Todos paravam para rir com ele, que ficava dentro de uma grande bacia de alumínio forrada com cobertores.
Araci morava com Joãozinho nos escombros do antigo Cine Ypiranga, na rua Gaspar Martins, em Alegrete. Foi o que conseguiu, após ter sido engravidada e abandonada por um namorado, que foi para Porto Alegre tentar melhorar de vida.
Os meses se passaram e nada de o cara dar notícias. Ela tinha um endereço que ele deixara, mas nunca havia escrito para ele, pois era semianalfabeta.
Foi então que minha irmã, professora primária recém-formada, começou a escrever cartas ao pai do menino, em nome de Araci.
As belas cartas falavam da beleza do menino e da grande esperança que Araci tinha de morar com ele em Porto Alegre, junto com aquela criaturinha sorridente.
Tantas foram as cartas que o pai começou a responder, dizendo que ia mandar buscá-los em breve.
E assim foi. Chegou o dia em que ele mandou dinheiro e lá se foi a Araci, levando consigo a luz da nossa casa: Joãozinho. Sentimos muito a falta do menino, mas ficamos felizes, pois ele iria ter uma família. Nunca mais soubemos do Joãozinho.
RENATO POZZOBON
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
AS ILHAS DO FIM E DO COMEÇO DO MUNDO
Humberto Eco, em seu romance "A Ilha do dia
anterior" explora muito bem as idiossincrasias de
viver em Diomedes...
"Meia-noite de sexta-feira, aqui no navio, é meia-
noite de quinta-feira na ilha. Se da América para a
Ásia viajas, perdes um dia; se, no sentido contrário
viajas, ganhas um dia: eis o motivo por que o [navio]
Daphne percorreu o caminho da Ásia, e vós, estúpidos,
o caminho da América. Tu és agora um dia mais
velho do que eu! Não é engraçado?"
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sábado, 1 de dezembro de 2012
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
preconceito
Não temos preconceito racial no Brasil. Diferentemente
dos Estados Unidos, em que uma gota de sangue negro pode significar a
denominação “não branca” (no white), em uma pessoa, aqui essa designação não
seria possível, porque a grande maioria dos brasileiros tem (mais de) uma gota
de sangue negro correndo em suas artérias. Portanto, qualquer discussão a esse
respeito é estéril.
Desde o início de nossa história, os
portugueses e seus descendentes violentaram as mulheres negras, atendendo à
política de miscigenações forçadas.
Temos, e muito, é preconceito de cor.
Está cabalmente comprovado que, em nosso
país, as melhores escolas, os melhores empregos, são reservados a pessoas de
aparência clara.
Essa situação é agravada se a pessoa,
além de ter pele escura, for mulher.
O preconceito de cor, no Brasil, é mais
cruel do que o preconceito racial nos Estados Unidos, porque, lá, eles são
iguais, mas separados. Não se vê, em filmes ou séries, brancos (a) casados com negros
(a), a não ser que o assunto seja preconceito racial. Lá, a situação está posta
há muito tempo. Veja a Ku Klux Klan ou os episódios de Little Rock.
Aqui, a hipocrisia permeia as pessoas.
Negros são incensados, desde que sejam heróis. A quem for não excepcional,
resta a vala comum da sociedade.
Negar a discriminação é coisa fácil.
Basta dizer que a sociedade brasileira é generosa e cordial, o que é mentira,
mas é uma mentira sempre bem recebida.
A política de quotas raciais, como
qualquer política pública, tem seus aspectos benéficos e maléficos. Ela vai
contra um valor importante, a meritocracia. Mas assume, corretamente, que não é
possível comparar, em igualdade de condições, “brancos”, “pardos” e “pretos”,
porque pessoas de diferentes cores de pele, no Brasil, tiveram trajetórias
sociais muito diferentes, que as colocaram em pontos de partida muito
desiguais.
Políticas públicas que ajudem a mostrar
que a dificuldade para melhorar de vida são maiores para “pretos” ou “pardos”
devem ser bem-vindas. Esta é uma razão suficiente para defender as quotas.
Seria melhor se elas não fossem raciais, sistema que nossa falta de criatividade
nos fez copiar dos EUA, mas sim, de quotas para cores de modo explícito.
Nossa ambiguidade nos fez ter três cores
para classificar as pessoas. Nossa ambiguidade deveria ser alterada para
política de quotas para cores.
Pesquisa em O preconceito de cor não tira um dia de
descanso, de Alberto Carlos de Almeida, cientista político, editorialista
de Época.
DIÁLOGOS
- Eu ando
ziguezagueando, não respeito faixa de pedestres, fecho um, fecho outro, estou
sempre com pressa. Meu dono tem expressão, misto de ódio e aflição. Acho que
ele fica assim porque eu não tenho ar condicionado, air bag, freios abs, vidros
elétricos e outros confortos. Então tem raiva de mim e quer me destruir. Ele
também deve sentir-se injustiçado porque dirige junto a carrões confortáveis e
seguros e então quer ultrapassar todo o mundo, para compensar. Meu nome é carro
popular, vulgo 1.0.
- Tu ainda tem sorte,
meu brother. E o meu dono que é um kamikaze, esgueirando-se entre carros,
correndo feito um louco, esquecendo-se que para-choque é sua cara? Meu nome é
CG 125.
PAÍS DE TOLOS
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Enquanto perdemos tempo editorial com Rosegates. Mensalões e outros escândalos que terão finais de impunidade – até porque os crimes, no final, sempre compensam financeiramente por aqui -, a consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU) revela a herança mais maldita de todos os nossos governos: o Brasil ocupa o penúltimo lugar em um ranking global de Educação que comparou 40 países. Ficamos na frente apenas da Indonésia e no mesmo bolo de Turquia, Argentina, Colômbia, Tailândia e México.
Tal pesquisa, encomendada pelo grupo transnacional britânico Pearson e divulgada pela BBC, é mais arrasadora que qualquer revelação bombástica sobre os escândalos de petralhas, tucanalhas e seus eternos comparsas do partido mais governista do universo, o PMDB. País em que a Educação não funciona, como o nosso, é o picadeiro perfeito para uma massa ignorante sobreviver, reclamando, mas sem nunca reagir, midioticamente resignada, sob domínio do Governo do Crime Organizado. Somos o "País de Tolos": os Fulecos...
A ignorância é a grande parceira da corrupção. Sem educação qualificada, a massa é apenas formada escolarmente como mão de obra, sem condições de contribuir para o desenvolvimento real do Brasil. Ignorantes, analfabetos funcionais e políticos, servem apenas para legitimar os criminosos e demagogos do poder que servem, de forma consciente ou inconsciente, aos interesses de uma Oligarquia Financeira Transnacional que deseja apenas que o Brasil seja aquilo que sempre foi: uma rica colônia de exploração mantida artificialmente na miséria.
Finlândia, Coreia do Sul, Hong Kong, Japão e Cingapura têm futuro, pois investem em Educação altamente qualificada. O Brasil fica apenas no discurso demagógico de que vai melhorar a Educação. Não vai conseguir tal façanha, porque o Ministério da Educação sequer trabalha com os paradigmas corretos para a eficiência educacional. Para piorar, modelos ditos inovadores, como a “aprovação automática” e o ingresso de qualquer ignorante no dito “ensino superior” só desqualificam o modelo.
O caos educacional se completa com teorias fora do lugar, oriundas do Gramscismo e de práticas de Engenharia Social que servem apenas para moldar a massa de ignorantes em conformidade com os preceitos idiotizantes e controladores da Nova Ordem Mundial Globalitária. Como a Educação só é pretensamente debatida como “bandeira de luta” demagógica em tempos eleitoreiros – e não discutida com a seriedade merecida por uma sociedade que pouco se importa com a Escola de Verdade -, dificilmente conseguiremos implantar e consolidar, no Brasil, Democracia, Progresso, Paz Social, Justiça, Honestidade, Patriotismo e respeito pela coisa pública.
Temos o dever moral e editorial de revelar e cobrar Justiça para cada escândalo que surge atrás do outro, sempre superando o anterior. No entanto, é bom ficar claro que tal trabalho é apenas enxugamento de gelo já seco. O fatal destino do Brasil, sem Educação e valores patrióticos claros, objetivos e democráticos, já está traçado por aqueles que nos controlam. Só com muita fé, esperança e perseverança cidadã é que tal quadro pode ser revertido.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
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