sábado, 15 de dezembro de 2012






e la nave va
           
            O brasileiro é apaixonado por automóvel?

            Depende.

            A indústria automobilística nacional, orgulho do País, continua a crescer, apesar da crise mundial e dos altíssimos custos necessários para adquirir e manter esse objeto de desejo. Entretanto, uma pesquisa feita nos EUA e que deve refletir os  hábitos daqui, se não agora, mas mais  tarde, revela que as gerações mais jovens não estão mais  apaixonadas por este  veículo de combustão interna.

            Os crescentes engarrafamentos, os preços do petróleo e as campanhas de conscientização de que devemos respeitar nossos bens naturais, fizeram que os jovens tenham outras expectativas. Agora, velocidade somente nos downloads, conforto no lar e aventura de bicicleta.

            Essa nova mentalidade começa a produzir frutos. O preço dos automóveis usados despenca, no primeiro mundo, porque a procura por esses veículos gradativamente diminui.  Os que veem o automóvel como patrimônio, além de demonstração de status, vão arrepender-se de certas escolhas.

            O futuro do automóvel assemelha-se ao futuro do hábito de fumar. Cada vez mais as pessoas esclarecidas afastam-se dele, ficando as classes mais pobres (sempre elas) com o encargo de  sustentar as multinacionais.

            Essa situação ainda vai perdurar em nosso país porque não temos transporte coletivo decente, não temos ciclovias decentes, enfim, não temos vida urbana decente, mas o futuro fatalmente vai chegar.

            Aí, os carrões irão para o desmonte ou para o museu.  No segundo caso, registrarão época de egoísmo e desperdício.

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