O
RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO
Sonho de um Carnaval
Carnaval, desengano
Deixei a dor em casa me esperando
E brinquei e gritei e fui vestido de rei
Quarta-feira sempre desce o pano
Deixei a dor em casa me esperando
E brinquei e gritei e fui vestido de rei
Quarta-feira sempre desce o pano
Carnaval, desengano
Essa morena me deixou sonhando
Mão na mão, pé no chão
E hoje nem lembra não
Quarta-feira sempre desce o pano
Essa morena me deixou sonhando
Mão na mão, pé no chão
E hoje nem lembra não
Quarta-feira sempre desce o pano
Era uma canção, um só cordão
E uma vontade
De tomar a mão
De cada irmão pela cidade
E uma vontade
De tomar a mão
De cada irmão pela cidade
No carnaval, esperança
Que gente longe viva na lembrança
Que gente triste possa entrar na dança
Que gente grande saiba ser criança
Que gente longe viva na lembrança
Que gente triste possa entrar na dança
Que gente grande saiba ser criança
Estive No Rio de Janeiro no carnaval. O rio de Janeiro continua
lindo, mas está muito sujo e fedorento.
Os cariocas tomam quantidades assombrosas de cerveja e se
desapertam na rua mesmo. Embora o ato de urinar na rua seja crime punível com
detenção, o hábito, antigo, deve ser irresistível. A Prefeitura Municipal
colocou banheiros químicos nos locais de passagem de blocos, que estão cada vez
mais numerosos, mas imagino que esses banheiros devem ficar lotados e anti-higiênicos
até o fim da noite.
O renascimento dos blocos de rua me parece ser resposta
ao carnaval industrializado e pasteurizado da Sapucaí. Ele é livre e divertido.
As músicas são sempre as mesmas, com jardineiras, pierrôs e tudo, Entretanto,
agora os blocos tem carro de som. Deve ser intervenção de algum baiano.
Mas quarta feira sempre desce o pano.
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