doze homens e uma sentença
Assisti
hoje a “Doze Homens e uma Sentença (12 Angry Men, 1957)”. O filme, de Sidney
Lumet, na verdade é um filmaço. Narra o drama de doze jurados, trancados em uma
sala para decidir sobre a sentença a um jovem latino, acusado de matar o pai. A
pena, pelo tipo de homicídio é, necessariamente, a capital.
A
posição dos jurados, diante das evidências apresentadas no julgamento é decidir
pela condenação do réu, para irem logo embora (há um jogo de beisebol à noite
que ninguém quer perder).
É
feita votação inicial, que, espera-se, não passe de uma formalidade para
encerrar o assunto. Entretanto, um dos jurados, argumentando que não está certo
sobre a culpabilidade do réu, vota por sua inocência. A regra do júri é clara,
o veredicto tem que ser unânime.
O
jurado, que afirma não ter certeza sobre a culpabilidade do jovem, vai,
lentamente e de maneira clara e lógica, convencendo os demais jurados de sua
posição.
Doze
Homens e uma Sentença é uma crítica ao preconceito, ao racismo e ao comodismo. É,
também, homenagem àqueles, que, mesmo em minoria, lutam por suas ideias.
Verifiquei
um fato interessante, que, provavelmente, nos diferencia dos anglo-saxões. No
Brasil não há pena de morte, Nos EUA, a pena de morte não só existe como, às vezes, é
obrigatória.
Quando
eram feitas as votações, havia dois votos: culpado (guilt) ou não culpado (not
guilt). Essa é uma grande diferença no ordenamento jurídico e mesmo na
filosofia anglo-saxônica com relação à latina. Lá não existe a palavra
inocente. Portanto, ninguém é inocente, é apenas não culpado.
É verdade. E acima de tudo,pelo menos neste filme espetacular prevalece a justiça. Diferente hoje do mensalão em que ninguém sabe detalhes mas todos já julgaram e criminaram.Inclusive quem nem está sendo julgado.
ResponderExcluirAh, Dila, dizer que o Lulinha Paz e Amor não sabia de nada é ofender a inteligência dele.
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