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A
REALIDADE IMITA A ARTE
Há
muito tempo atrás, li um livro de ficção científica, cuja história era mais ou
menos assim:
Um
renomado cientista descobre um portal para um mundo paralelo, aqui mesmo na
terra. Esse mundo é, em tudo, semelhante, ao que conhecemos, porém ao
contrário. É como se esse mundo paralelo fosse de antimatéria.
Nesse
portal, nosso cientista trava contato com outro cientista, do mundo paralelo.
Descobre, pelo colega, coisas fantásticas, que podem mudar a vida dos
habitantes deste mundo e do outro.
Tudo
está disponível para ser usufruído. Mas o melhor ainda está por acontecer. Os
nossos cientistas descobrem que o substrato de vida do mundo paralelo, ou se
quiserem, a atmosfera, vira energia pura quando atravessa o portal. A recíproca
também é verdadeira para o mundo paralelo.
Esta
descoberta vai revolucionar o que existe nos dois mundos. A nova energia é
limpa e gratuita. A necessidade do trabalho é, praticamente, extinta, pois as
máquinas são abastecidas diuturnamente com transferência de energia, de um
mundo para outro.
A
humanidade, dos dois lados, experimenta uma nova renascença, pois o tempo de
lazer permite toda uma geração de artistas, intelectuais, cientistas e
filósofos. Os mundos renovam-se, tudo é alegria e festa.
Muitos
anos depois, os dois cientistas, já idosos, que continuaram a estudar o
fenômeno de transferência de energia, constatam algo terrível. A transferência
está esgotando o diferencial de potência que havia no início e a energia, dos
dois lados, está enfraquecendo.
Continuando
a transferência, os dois mundos destruir-se-iam mutuamente, em um gigantesco
curto-circuito.
Os
cientistas apressaram-se a alertar os líderes de seu mundo para a catástrofe
que se aproximava. Receberam ceticismo, indiferença e sarcasmo. Como, o mundo
não iria terminar tão cedo. Isso era alarmismo de parte de alguns teóricos.
Esse
relato veio à minha mente, agora. A realidade imita a arte. Esse nosso mundo
continuará em festa, queimando energia, como fogos de artifício, até ela se
esgotar completamente. Ou não?
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