Ricardo Lewandowski, o insaciável, diz o maior
absurdo deste julgamento até agora
O revisor do processo do mensalão, Ricardo Lewandowski, já teve tempo de ler o seu voto. A sessão deveria começar hoje com o voto de Dias Toffoli. Antes mesmo que o presidente do STF, Ayres Britto, lesse o pregão — a síntese da sessão anterior —, ele pediu a palavra, tal era a excitação.
No momento, tenta, mais uma vez, demonstrar que José Genoino ignorava o que se passava com as finanças do partido. Existe um laudo do Instituto de Criminalística afirmando que o contrato original de um empréstimo não contava com a sua assinatura. Sim, existe esse laudo. Ocorre que EXISTE O CONTRATO. E, no contrato, há a assinatura de Genoino. Até porque, como lembrou Ayres Britto, o empréstimo foi contraído pelo PT COMO PESSOA JURÍDICA.
Eis Lewandowski, o mais dedicado advogado de defesa desse julgamento.
Ao fim de sua intervenção, Lewandowski diz uma coisa estupefaciente. Afirma, mais uma vez, que só quer colaborar e coisa e tal e dispara: “Vossas Excelências são testemunhas de que eu tenho trazido aqui documentos que vão contra a linha de raciocínio que tenho seguido”.
Como é, ministro? O SENHOR TRAZ DOCUMENTOS QUE VÃO CONTRA A SUA PRÓPRIA LINHA DE RACIOCÍNIO???
Bem, isso quer dizer apenas uma coisa, ministro: sua linha de raciocínio não corresponde aos fatos. Sempre que isso acontece, tem-se exercício de militância política, não do direito.
Tags: Mensalão, Ricardo Lewandowski
O reinaldo Azevedo não dá né? Falta consistência. Dois tweets do deputado Elvino Bohn Gass II que faço questão de compartilhar:
ResponderExcluir1- Direita seria honesta se lembrasse q foi Lula quem desamarrou as mãos da PF, nomeou Gurgel e maioria dos ministros do STF
2 - "Lula poderia, mas ñ quis, ter feito do STF um aparelho petista, manipulável p/ absolver qquer um ligado à máquina do PT" (Carta Capital)
Oi, Dila
ResponderExcluirObrigado pelo comentário.
O artigo foi sobre o despreparo do Ricardo. Não sobre todo o STF.
Penso que Lula tentou, sim, transformar o STF em aparelho petista, mas falhou.
A PF é composta de quadros profissionais, eleitos por concurso público, não manipuláveis por qualquer presidente.
O que mudou neste país, nos últimos anos, é que tanto o Ministério Público como a Polícia Federal aprenderam a trabalhar, no sentido de bem montar um processo crime, coisa que não havia no tempo do Sarnei, do Collor e do Fernando Henrique, para azar dos réus do mensalão.
Continua a comentar, gosto de gente que pensa com sua própria cabeça.