CRI-ATIVOS E
CRI-PASSIVOS
Conto, a seguir, duas fábulas:
Havia, em um reino, na Ásia antiga, um
criador de flores. Esse criador ficou famoso pela beleza de suas plantas, contadas
às centenas. Sua fama chegou ao rei. Ele demonstrou desejo de conhecer o
trabalho de seu súdito. Mandou avisar ao criador que lhe faria uma visita.
No dia marcado, chegou o rei, com
todo seu séquito, à Residência do florista. Este os encaminhou ao jardim, onde havia
eliminado todas as flores, deixando apenas uma, a mais bonita.
Em outro reino, agora no ocidente,
destacava-se um pintor, artista consagrado. O rei, querendo testar seus
méritos, encomendou-lhe um quadro de um galo. O pintor solicitou prazo para o
trabalho, no que foi atendido.
Vencido o prazo, o rei foi ao
atelier do artista para receber seu quadro. Chegou e, ao não ver quadro nenhum,
perguntou pela sua encomenda. O artista pediu um momento e, rapidamente,
executou bela pintura de um galo.
O rei, que não era muito
tolerante, enfureceu-se, dizendo que para fazer tal quadro, o artista não
precisava solicitar prazo. O artista, sem dizer uma palavra, o encaminhou à
outra sala, anexa, onde havia centenas de estudos de galos.
Os dois personagens das fábulas eram cri-ativos.
Além disso, eram pessoas corajosas e despojadas.
Existe, entretanto, um grande número de
pessoas seguindo apenas outras que tomaram as rédeas de suas vidas. São os
cri-passivos. Essas pessoas, embora, muitas vezes, com bom nível cultural, não
tomam iniciativa de gerar ideias próprias. Por quê?
Será por que não querem expor o que
sentem? Será que não querem sair de “sua zona de conforto”? Será que tem medo
de perder algo?
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