PROPAGANDA
(II)
Todo
mundo sabe que os carros brasileiros, nacionais e importados, são uns dos mais
caros do mundo, se não os mais caros. O exemplo mais emblemático é o do Ford
Fusion, que custa, no Brasil, quase três vezes o que custa no México, local de
origem. Isso que o Brasil tem um acordo de livre comércio com o México.
Uma
explicação para o preço tão alto dos carros vendidos no Brasil são os impostos
abusivos, quase 50% do valor do veículo. Mas foram feitas pesquisas de valores
de custo e de venda e se concluiu que os carros nacionais, mesmo
desconsiderando os impostos, são 20% a 30% mais caros que os carros
estrangeiros.
Por que
isso acontece? A explicação é simples. No Brasil o preço é calculado a partir
da capacidade de pagamento do consumidor. Se o consumidor pode pagar um
determinado valor mensal, dividido em 60 meses, considerando todos os impostos incidentes
no veículo, mais os altos custos de financiamento (que também são altos por
causa dos impostos), este será o preço do carro.
Este
procedimento é ótimo para as montadoras, que estão todas se mudando para cá, em
busca de rendimentos que não conseguem em nenhum outro lugar do mundo. Os
últimos que estão chegando são os chineses, com seus carros que devem custar
uma ínfima porção do valor que são vendidos aqui.
Uma
parte considerável deste lucro é auferida pelas revendedoras, que conseguem
lucratividade de até 50%.
Por
isso, quando for comprar um carro novo, pechinche muito, ameace ir a outro
revendedor, faça o que puder para baixar o preço de seu carro zero. Neste caso,
vale a máxima: quem rouba de ladrão tem cem anos de perdão.
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