CUIDAR DOS FILHOS, UMA
OBRIGAÇÃO?
No programa da Ana Maria Braga, de hoje,
foram mostradas cenas de espancamento de uma menina, por uma babá.
A mídia tem essa obsessão de nos fazer
infelizes, desde as primeiras horas da manhã.
Desconsiderando esse fato, são uma
barbárie atitudes como estas, de um adulto agredindo uma criança indefesa. Mas
vamos procurar ver outros ângulos da questão.
Certamente,
a babá escolhida é uma pessoa despreparada para a função. Provavelmente é uma
pessoa que foi maltratada na infância e só conhece esse tipo de “educação”. Os
pais da menina podem não ter tido muita sorte ao contratar uma pessoa para
cuidar de sua filha.
Existem
excelentes creches e escolas maternais, soluções alternativas para pais ocupados.
Essas instituições exigem, entretanto, a coparticipação dos pais ou
responsáveis. E, nem sempre a convivência com os filhos é prioridade.
Muitas
vezes, a falta de tempo gera situações complicadas, mas quero mostrar outro
lado. Quero mostrar, ao pais, as vantagens de acompanhar seus filhos em todas
as fases de sua vida.
Alguém
já disse que a função dos filhos é educar os pais. Sábia afirmativa. Eu tenho
aprendido muito no relacionamento com meus filhos. Conviver com eles nunca foi
um fardo, foi um privilégio.
Não
precisei obrigar meus filhos a estudarem. Eles é que sempre me procuram para
sanar dúvidas a respeito de suas disciplinas.
Através
de minhas filhas conheci o encanto do balê. Aprendi a importância do esforço,
da disciplina, do trabalho em equipe. Guardo um carinho especial pela diretora
da escola, minha parceira educacional.
Meus
filhos nunca me faltaram com o respeito. Eu, também, nunca os desrespeitei.
Posso ser processado por isso, mas já dei umas palmadas na bunda deles. A meu
favor, tenho o argumento de foi no “calor da ação” e sempre admiti que havia me
excedido.
Hoje,
tenho a estranha sensação de que meus filhos me tratam como dependente deles.
Noto até a sua preocupação de me encaminharem para o que lhes parece o correto.
Modestamente,
sou um bom pai. Mas não sou o único. A maioria dos meus amigos, que são pais,
também são bons pais. Eles sabem o que estão ganhando.
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