segunda-feira, 28 de maio de 2012

blogue do zeca



CUIDAR DOS FILHOS, UMA OBRIGAÇÃO?

        No programa da Ana Maria Braga, de hoje, foram mostradas cenas de espancamento de uma menina, por uma babá.

        A mídia tem essa obsessão de nos fazer infelizes, desde as primeiras horas da manhã.

        Desconsiderando esse fato, são uma barbárie atitudes como estas, de um adulto agredindo uma criança indefesa. Mas vamos procurar ver outros ângulos da questão.

Certamente, a babá escolhida é uma pessoa despreparada para a função. Provavelmente é uma pessoa que foi maltratada na infância e só conhece esse tipo de “educação”. Os pais da menina podem não ter tido muita sorte ao contratar uma pessoa para cuidar de sua filha.

Existem excelentes creches e escolas maternais, soluções alternativas para pais ocupados. Essas instituições exigem, entretanto, a coparticipação dos pais ou responsáveis. E, nem sempre a convivência com os filhos é prioridade.

Muitas vezes, a falta de tempo gera situações complicadas, mas quero mostrar outro lado. Quero mostrar, ao pais, as vantagens de acompanhar seus filhos em todas as fases de sua vida.

Alguém já disse que a função dos filhos é educar os pais. Sábia afirmativa. Eu tenho aprendido muito no relacionamento com meus filhos. Conviver com eles nunca foi um fardo, foi um privilégio.

Não precisei obrigar meus filhos a estudarem. Eles é que sempre me procuram para sanar dúvidas a respeito de suas disciplinas.

Através de minhas filhas conheci o encanto do balê. Aprendi a importância do esforço, da disciplina, do trabalho em equipe. Guardo um carinho especial pela diretora da escola, minha parceira educacional.

Meus filhos nunca me faltaram com o respeito. Eu, também, nunca os desrespeitei. Posso ser processado por isso, mas já dei umas palmadas na bunda deles. A meu favor, tenho o argumento de foi no “calor da ação” e sempre admiti que havia me excedido.

Hoje, tenho a estranha sensação de que meus filhos me tratam como dependente deles. Noto até a sua preocupação de me encaminharem para o que lhes parece o correto.

Modestamente, sou um bom pai. Mas não sou o único. A maioria dos meus amigos, que são pais, também são bons pais. Eles sabem o que estão ganhando.

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