diego rivera : vendadora de flores, 1941
DESTINO
José Luiz sempre se intrigou com a
presença do número 1111 na sua vida. Aquele número começou participando da data
de seu nascimento, onze de novembro.
O número 1111 aparecia constantemente cada
vez que olhava um relógio digital, cada vez que via uma etiqueta, cada vez que
observava uma distância na estrada, enfim, em qualquer acontecimento na sua vida,
desde o mais simples até o mais complexo.
Aquele número, pensava, deve ser um aviso
do destino. Por via das dúvidas, José Luiz seguidamente comprava bilhetes de
loteria e de outros jogos onde aparecesse o número 1111.
Um belo dia aconteceu o que José Luiz,
secretamente, sabia que aconteceria. Ele foi sorteado com uma razoável quantia.
Não era um valor para mudar sua vida, mas permitia que José Luiz equilibrasse
sua vida financeira e, de quebra, atendesse um pedido de sua esposa, que sempre
desejou fazer uma viagem ao nordeste.
Feitas todos os arranjos, a viagem foi
programada para o dia do aniversário de José Luiz, naturalmente. Na data
aprazada, viajaram.
Na madrugada do dia seguinte, todos os
jornais noticiaram a queda da aeronave PP 1111, com a morte de seus
passageiros.
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