E
A PRIVACIDADE? PERDEMÔ-LA
Em meados deste mês,
o senador americano, Al Franken, democrata de Minnesota, encarregado de uma
investigação sobre a privacidade dos cidadãos, afirmou que os modelos da vendas
das empresas GOOGLE E FACE BOOK são inteiramente baseados na venda de dados dos
usuários. Arrematou: “Você não é cliente de uma dessas companhias. Você é o
produto que elas vendem”.
A intimidade não é
mais tão íntima como no passado.
O que isto significa
para nós? A privacidade é assim tão importante? Atualmente, escancarar o que
antes acontecia entre quatro paredes virou febre coletiva, esporte
internacional, tanto nos reality shows quanto nas redes sociais. Isso é
importante? Repito a pergunta.
É importante, sim.
Para as empresas e o Estado, isso é muito importante. No embalo da cultura
exibicionista, essas entidades podem e estão ganhando dinheiro, prestígio e
voto. O poder econômico foi além da perda de privacidade e aprendeu a faturar
em cima desse fenômeno.
Fiquemos atentos. Nas
ditaduras, a privacidade não existe. Nas democracias, o Estado tem o dever de
garantir privacidade a seus cidadãos. Alguma coisa vai mal quando nossa
privacidade vai para o espaço. Havia uma pichação que afirmava: A globo te faz de bobo. Não estaremos fazendo papel de bobo?
Baseado no artigo “Os
seus segredos estão por um fio”, de Eugênio Bucci, revista Época 727.
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