sábado, 28 de abril de 2012


blogue do zeca



E A PRIVACIDADE? PERDEMÔ-LA

Em meados deste mês, o senador americano, Al Franken, democrata de Minnesota, encarregado de uma investigação sobre a privacidade dos cidadãos, afirmou que os modelos da vendas das empresas GOOGLE E FACE BOOK são inteiramente baseados na venda de dados dos usuários. Arrematou: “Você não é cliente de uma dessas companhias. Você é o produto que elas vendem”.

A intimidade não é mais tão íntima como no passado.

O que isto significa para nós? A privacidade é assim tão importante? Atualmente, escancarar o que antes acontecia entre quatro paredes virou febre coletiva, esporte internacional, tanto nos reality shows quanto nas redes sociais. Isso é importante? Repito a pergunta.

É importante, sim. Para as empresas e o Estado, isso é muito importante. No embalo da cultura exibicionista, essas entidades podem e estão ganhando dinheiro, prestígio e voto. O poder econômico foi além da perda de privacidade e aprendeu a faturar em cima desse fenômeno.

Fiquemos atentos. Nas ditaduras, a privacidade não existe. Nas democracias, o Estado tem o dever de garantir privacidade a seus cidadãos. Alguma coisa vai mal quando nossa privacidade vai para o espaço. Havia uma pichação que afirmava: A globo te faz de bobo. Não estaremos fazendo papel de bobo?

Baseado no artigo “Os seus segredos estão por um fio”, de Eugênio Bucci, revista Época 727.

         

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